Oficina de Saberes


Criada em 2010, a Oficina de Saberes vem dinamizar a oferta do Sport Algés e Dafundo, possibilitando aos seus sócios uma vertente lúdico-cultural. Trata-se de uma ponte entre o ensino e o desporto, permitindo a frequência das suas actividades a todas as idades.


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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Temas em Debate - A FELICIDADE

Realizou-se, hoje, 9 de Maio, o debate sobre a Felicidade coordenado por Leonor Gonçalves. Do interessante debate, que não podemos aqui escalpelizar, por tão rico e variado número de intervenientes ficaram, por estarem escritos e apenas por esta razão, duas intervenções que, alguns oficineiros nos pediram para publicar.

A  FELICIDADE

A Felicidade é harmonia

É equilíbrio entre o dia e a noite
Entre a manhã de sol e a tarde chuvosa

A Felicidade é harmonia
entre o sorriso e uma lágrima
entre o que tens e o que dás
entre a esperança de chegar e o estar sem nada

A Felicidade é a brisa da tarde
do dia de verão
é uma simples chávena de chá
no frio do Inverno

A Felicidade é uma carta que chega
um telefone que toca
uma voz que diz:
Olá, como estás?!

08/06/2003
                                         Clotilde Moreira


A Felicidade não se herda nem se compra: conquista-se e constrói-se



Felicidade na primeira pessoa


A primeira recordação que tenho da Felicidade tinha eu cinco anos
Associo-a a brincadeiras de esconde esconde
Associo-a ao meu cão Bambi
Associo-a a rebuçados de meio tostão comprados na mercearia do senhor Manuel
Eram tempos felizes, despreocupados

Mas a Felicidade também tinha o seu lado escuro, mesmo malvado
Obrigava-me a comer sopas de que não gostava
Enfiava-me o óleo de fígado de bacalhau pelas goelas abaixo
Não me deixava repetir certas palavras engraçadas que ouvia na rua
Era como uma flor bonita mas com alguns espinhos.

Um dia a Felicidade partiu. Levou-a um magala do regimento de cavalaria.
Já decerto adivinharam que a Felicidade era uma empregada doméstica
Roliça, baixota, de faces coradas, com pronúncia das Beiras.
Outras houveram, com nomes diferentes, mas nenhuma como a Felicidade

Cresci e o conceito de felicidade mudou.
Já não era tão despreocupada, tão espontânea, tão sentida em cada momento
Era um conceito mais filosófico, mais elaborado, mas menos nítido.
Era uma felicidade construída, com base em conhecimentos adquiridos
Uma felicidade artificial, algo materialista, conduzida pela vida

Hoje, no Outono da vida, anseio voltar às origens
A uma felicidade despreocupada, centrada nos prazeres simples da vida
A um estado em que esteja em Paz comigo e com os outros
Baseada na amizade, na tolerância e na admiração pela natureza que nos envolve
A felicidade, será assim, como diria Confúcio, saber encontrar o céu dentro de nós.



                                                                                  Vítor Manuel


2 comentários:

  1. Tenho muita pena de não me ter sido possivel comparecer a esse debate que devia ter sido maravilhoso, pelas amostras que felizmente podemos ler.
    Parabéns Leonor. Desculpe a ausência. Até à próxima
    Sara

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  2. Obrigada Clotilde e Vitor por nos deixarem compartilhar o vosso dom de ou em poesia ou prosa demonstrarem os vossos sentimentos.
    Parabéns por conseguirem com palavras que nos chegam à alma dizerem coisas tão belas.
    Sara

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