Oficina de Saberes


Criada em 2010, a Oficina de Saberes vem dinamizar a oferta do Sport Algés e Dafundo, possibilitando aos seus sócios uma vertente lúdico-cultural. Trata-se de uma ponte entre o ensino e o desporto, permitindo a frequência das suas actividades a todas as idades.


Se é ou foi sócio(a) da S.A.D. venha visitar-nos nas instalações do clube. Se ainda não é, tem mais uma boa razão para nos vir conhecer.



quinta-feira, 4 de julho de 2013

Festa de S. João no Porto - Francisco Lourenço

OFICINEIROS EM VIAGEM
FESTA DE SÃO JOÃO NO PORTO


Uns procuraram encontrar um lugar abrigado que lhes permitisse conforto e visibilidade, outros envolveram-se na confusão da urbe e até participaram das “batalhas” que por aí se iam travando, munindo-se previamente com a “arma” tradicional: os martelinhos de São João.
Estamos a falar da festa mais popular do Porto e seguramente uma das mais populares de Portugal, a festa em que a população sai à rua e onde os martelinhos vão batendo na cabeça dos passantes duma forma recíproca e bem aceite.
A Ribeira e as Fontaínhas situam-se entre os locais mais genuínos, mesmo à mão dos oficineiros, instalados estrategicamente na Praça da Batalha e a quem  bastava descer a rua para chegarem de imediato às Fontaínhas, com espaços mais calmos ao dispor sobre a Ponte do Infante para ver a festa por cima sem se exporem demasiado.
Houve quem se arrojasse até à Ribeira, onde entrar não era fácil, mas o mais  difícil foi sair, por aí os martelinhos ferviam, as batalhas eram acesas, o rio brilhava indiferente, a lua cheia vigiava lá no alto e à hora certa o fogo de artifício explodiu.


Se a festa são as pessoas, também ajudavam as tendinhas com sardinhas assadas e outros petiscos, as barracas e os divertimentos de feira, as músicas e os bailaricos e sobretudo o espírito de participação de que todos estavam contagiados.
Acabado o fogo, a noite ainda estava a começar para muitos, mas para alguns chegou a hora de recolher. Quem queria partir foi obrigado a munir-se de toda a paciência e seguir num compasso lentíssimo, que prosseguia vagarosamente mas felizmente de forma ordeira.
No meio de toda a confusão viam-se novos, velhos, carrinhos de bébé, crianças ao colo e às costas, sentia-se que ninguém quis faltar a esta genuína festa revivida anualmente pelos portuenses e que fica inesquecível a todos que nela participem. E o grupo dos oficineiros também participou como pode e sobretudo divertiu-se e ganhou ou reviveu mais esta experiência.


A nossa viagem não se resumiu às festas do São João no Porto, houve outros aliciantes de agradado geral, como seja a oportunidade para visitar ou reviver a cidade e os seus inúmeros atrativos e sítios característicos, as salinas e o museu do sal da zona de Aveiro, as paisagens do Douro e do Vale do Sousa, a Casa de Eça de Queirós em Tormes, o Marco de Canavezes com a sua controversa igreja projectada por Sisa Vieira, a Póvoa com os banhistas em plena época balnear, Vila do Conde em dia de procissão, as verdejantes montanhas do Minho com as casas espalhadas pelas encostas e vales, Ponte da Barca e a ponte que foi origem do nome, Terras do Bouro e o mosteiro de São Bento da Porta Aberta, o Lindoso e os seus espigueiros na eira comunitária, a zona de Vila Verde com a vegetação luxuriante que faz juz ao verde do seu nome, tudo muito bem explicado por uma excelente guia que já nos tem acompanhado noutras visitas e que aliou uma grande competência a uma enorme simpatia.
E para adoçar a boca não faltaram também motivos, desde a degustação do esplêndido bolo do Freixo até aos outros atrativos da doçaria e gastronomia regionais que se tornavam irresistíveis mesmo para os seguidores dos mais rigorosos regimes alimentares.
No campo do convívio, amizade e boa disposição, este grupo soube distinguir-se mais uma vez pela positiva e pode afirmar-se que desta forma deu mais um grande passo para fechar em alta as actividades de 2012/2013 .
Merecem todos os parabéns pelo magnífico e cívico comportamento, além de que tem de ser manifestado um especial agradecimento a quem trabalhou para que esta viagem tivesse sido concretizada.

27.Junho.2013
Francisco Lourenço