De Algés à Praça da Figueira
Fomos no elétrico amarelo
Vendo belezas à sua beira
De uma beleza sem paralelo.
Dirigimo-nos ao Martim Moniz
Onde a concentração se foi fazendo
À volta do Daniel bem feliz
Por o seu passado ir revivendo.
Começamos na Igreja da Senhora da Saude
De tradição muito antiga
Construida em terra que foi amiude
Povoada por uma mourama pouco amiga.
Passamos pela rua do Capelão
E pela casa onde a Severa morreu
Símbolos de um passado suão
Que teve o auge no Fado seu.
Subimos ao Coleginho e mais ainda
Edifícios com estórias para contar
Que são património de uma cidade linda
Com colinas de encantar.
No centro da Mouraria
Seguimos por becos e vielas
Já cansados mas com a alegria
De termos caminhado por elas.
Chegamos no alto ao restaurante da Chica
Onde suculento cozido à portuguesa nos esperava
Com um sabor que para sempre nos fica
Para relembrar o bom que estava.
Andamos depois para o almoço digerir
De S. Vicente de Fora até ao Panteão Nacional
Quando estávamos já a sentir
Que a jornada acabaria naquele local.
Assim terminou esta caminhada
Pela Mouraria altaneira
Tão esquecida mas muito amada
Pelos que a têm à sua beira.
Algés, 31 de Maio de 2012
António Praça
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