Um dos aspetos mais graves que a crise no nosso País criou foi o desemprego, sentido por quase todas as famílias onde, naturalmente, se incluem as dos oficineiros. Quantos não terão filhos e netos nessa situação, jovens que anseiam trabalhar mas nada encontram. Alguns deles até têm iniciativas mas não são devidamente apoiados. Nós próprios seremos culpados disso quando preferimos comprar ou contratar empresas de grande dimensão que, muitas vezes, para manter os seus fabulosos lucros, despedem jovens em nome dessa sustentação. Os números não mentem. Um dos objetivos da Oficina de Saberes é a criação de laços de solidariedade entre os oficineiros. Para isso não bastam palavras bonitas. São necessários atos que consubstanciem essa intenção. Por esta razão incentivo os oficineiros a dar apoio aos colegas que tenham familiares (especialmente filhos e netos) no desemprego. Uma das formas mais úteis é contribuir para a concretização de iniciativas daqueles quando, de uma forma criativa, voluntariosa e até solidária para com os oficineiros, pretendem trabalhar e, assim, deixarem de ser sustentados pelos seus pais ou avós, passando a ser cidadãos autónomos e responsáveis.
António Praça, Coordenador Geral
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