Fui hoje, com a Oficina de Saberes, ao Museu do Combatente ver duas exposições temporárias. Uma delas intitulava-se “D. Dinis – entre a história e a lenda”.
Nestas visitas aprende-se sempre qualquer coisa. Uma delas era que D. Dinis era ruivo. Diz-se até que era descendente de Frederico Barba-Ruiva que foi imperador do Sacro Império Roamno-Germânico.
Outra é que o milagre das rosas já era algo de família para Isabel de Aragão. Parece que uma tia-avó já tinha realizado o mesmo milagre lá para os lados da Hungria.
Uma história pouco conhecida é a disputa sobre o Algarve por D. Afonso III e o rei Afonso X. O rei mouro e emir do Algarve, para obstar às conquistas dos Portugueses, fez-se vassalo de Afonso X de Castela (o qual passou, por isso, a usar também o título de Rei do Algarve). A questão de haver dois reis para o mesmo Algarve acabou por ser dirimida entre os soberanos de Castela e de Portugal, pelo tratado de Badajoz de 1267; o rei Afonso X desistia das suas pretensões sobre o Algarve fazendo do seu neto D. Dinis o herdeiro do trono do Algarve, o que ditou a sua incorporação a prazo na coroa portuguesa.
Um facto curioso é que, em certa região de Espanha, quando se quer dizer que alguém é muito generoso diz-se: “É como D. Dinis”. Parece que este, numa sua ida a um dos reinos do país vizinho, foi muito pródigo a distribuir oferendas a toda a gente.
Que D. Dinis era muito mulherengo até Isabel de Aragão sabia. Que era poeta e trovador vem em todos os manuais escolares. O que me deixou perplexo foi uma gravura da idade média representando o rei recitando os seus poemas acompanhado de uma tocadora de bandolim como era costume na época. É que as suas caras não me eram estranhas.
Vitor Manuel
Esta merece nota 20 :)
ResponderExcluirquem diria que estas duas personagens um dia haveriam de estar na OdS? Impensável na época !!!!!