UMA “CALMA” VIAGEM ATÉ VILA REAL E REDONDEZAS
DOS OFICINEIROS DA OFICINA DE SABERES DO SAD
(22 a 27 de Março de 2013)
Esta viagem está rotulada de “calma” porque a isso convidavam a bonita paisagem do Douro, com os seus socalcos, as casas encavalitadas nas serras ou repousadas nos vales, os rios e suas margens deleitosas a convidar ao passeio, as quedas de água, a tranquilidade do hotel nas horas mortas com recantos para ler ou estar a ver a paisagem, o tempo suficiente para ir até à Avenida Carvalho Araújo no centro, assistir às cerimónias na Sé ou na bonita Igreja barroca de S. Pedro, onde dominam os dourados, com belos azulejos nas paredes e cromáticos desenhos nos tetos, ou então tomar simplesmente um café na Pastelaria Gomes ou Pastelaria Lapão (para falar das mais conhecidas) acompanhado das especialidades locais, tais como os covilhetes (de carne), as cristas de galo (com amêndoa e ovos) ou os pitos (com doce de abóbora e canela).
Todavia, o termo de “calma viagem” está desta vez a ser utilizado duma forma abrangente, pois inclui também um pouco de aventura, como foi a chuva forte que levou a maioria dos viajantes (diria a quase totalidade) a não sair da camioneta na visita a Peso da Régua, a chuva que também caiu com persistência durante toda a visita pela aldeia histórica de Lamas d’Olo, em pleno Parque Natural do Alvão, mas que desta vez não impediu que praticamente todos se associassem no passeio ao longo das ruas com casas de pedra granítica (muitas) e telhados de colmo (poucas), onde se viram também animais (cães, vacas e bois foram muitos) e pessoas (só uma !), o passeio no monte pelas pedras escorregadias de Fisgas de Ermelo com visibilidade para as quedas de água que são das maiores de toda a península ibérica (que belas e agrestes paisagens da natureza !), isto sem falar das quedas ligeiras e sem aparentes consequências de dois companheiros e da complicada manobra do autocarro quando teve dificuldades em fazer uma curva apertada a subir, o que levou a quem prudentemente preferisse sair e ficar a ver do lado de fora, com vários “ajudantes” a dar instruções contraditórias ao motorista e por fim fazendo-se a coisa mais simples, todos saíram (alguns com alívio), o autocarro ficou mais leve e lá conseguiu prosseguir a marcha.
Quem quis passeou demoradamente por Vila Real e pode ver os seus museus, visitou-se Chaves, Mirandela e com as limitações já referidas também Peso da Régua, trouxemos nos nossos olhos belas paisagens da natureza e das terras da região, constituindo ainda um momento alto deste passeio a visita à Casa de Mateus, onde admirámos o seu recheio e os bonitos interiores trabalhados em madeira, bem como os cuidados jardins.
Pode dizer-se que foi uma viagem positiva, à despedida era visível a satisfação de todos os oficineiros e dos outros acompanhantes que se lhes juntaram em Lisboa, Torres Vedras e Coimbra, constituindo todos um grupo bem disposto que deu uma verdadeira lição de convívio e alegria.
BOA PÁSCOA PARA TODOS.
Lisboa, 29 de Março de 2013
Francisco Lourenço
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