Oficina de Saberes


Criada em 2010, a Oficina de Saberes vem dinamizar a oferta do Sport Algés e Dafundo, possibilitando aos seus sócios uma vertente lúdico-cultural. Trata-se de uma ponte entre o ensino e o desporto, permitindo a frequência das suas actividades a todas as idades.


Se é ou foi sócio(a) da S.A.D. venha visitar-nos nas instalações do clube. Se ainda não é, tem mais uma boa razão para nos vir conhecer.



quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Os Novos Templários



"Vai, mísero cavalo lazarento
Pastar longas campinas livremente;"

E eu, embalado por estes dois versos de um soneto de Nicolau Tolentino, lá fui.

Encontrei um prado verdejante, em Vila Nova da Barquinha, coberto de relva fofa e viçosa onde não faltava, de quando em quando, um pouco de hortelã. Prado vasto aonde se viam certas armações a que os humanos chamam obras de arte.

Mas o seres humanos não se contentaram com tão delicioso manjar. Por isso foram comer ao restaurante “Almourol”. Depois de bem comidos e bebidos, com as forças retemperadas, dirigiram-se ao objectivo principal – o castelo de Almourol.

Como o castelo fica numa ilha no meio do Tejo dividimos as forças por dois barcos cada um disputando a honra de ser o primeiro a desembarcar os seus homens (bem, de facto, eram mais mulheres) na ilha.

Embarquei num desses botes e tentei, através de um aliciamento compulsivo – umas valentes chicotadas – encorajar os remadores(as) a se esforçarem. No princípio julguei que tínhamos sido bem sucedidos. Passámos por uns patos que nos grasnaram alegremente. Outros levantaram voo, formando no ar um V perfeito. Eu, que não sou nada narcisista, interpretei estes sinais como um claro apoio e sinal de vitória. Enganei-me. O capataz Daniel e os seus remadores chegaram primeiro, à ida e à volta.
 
Tomámos o castelo sem grande resistência. Na refrega uma nossa guerreira perdeu o chapéu (mas encontrou-o posteriormente) e outra, a Isabel, tombou no chão mas nada de grave. Passado um tempo já caminhava à frente das hostes. Na tomada do castelo não hasteámos a tradicional bandeira porque os tempos estão de crise e as bandeiras estão caras.

Animados com o empreendimento aspirámos a voos bem mais altos. Os objectivos eram, agora, os planetas e todo o sistema solar no Centro de Ciência Viva de Constância.

Cansados, os novos templários tiveram o seu merecido repouso numa esplanada, em Constância na confluência do Zêzere com o Tejo. Aqui, o Mota, teve a gentileza de me oferecer uma “Isaurinha”. Claro que a comi. É um bolo delicioso.

Como última nota surpreende-me o facto de ainda haverem pessoas com força e coragem para fazer girar o mundo como a nossa colega Alexandrina.


                                                                       Vítor Manuel

Um comentário:

  1. Como sempre "uma palavrinha de carinho" do nosso inspirado Vitor.

    Muito bonita a descrição da caminhada inicial do novo ano letivo.

    Parabéns Vitor

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